Construção civil assina convenção coletiva e encerra greve em SP

Sindicatos que representam construtoras e trabalhadores no Estado de São Paulo fecham acordo sobre reajuste de salários e benefícios e retomam atividades nos canteiros

Representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP) se reuniram para assinar a Convenção Coletiva de Trabalho, que põe fim à greve dos trabalhadores da construção da cidade de São Paulo, que começou na semana passada (15).

Ficou acordado o aumento de 1,69% sobre os salários. Sendo assim, trabalhadores não qualificados, como serventes, vigias, auxiliares etc. receberão R$ 1.440,87 por mês, ou R$ 6,55 por hora, para 220 horas mensais. Trabalhadores qualificados – pedreiros, armadores, carpinteiros, pintores – passam a receber R$ 1.752,80 por mês, ou R$ 7,97 por hora, para 220 horas mensais, enquanto os qualificados em obras de montagem de instalações industriais ficam com R$ 2.100,39 por mês, ou R$ 9,55 por hora, para 220 horas mensais.

O valor do tíquete-refeição passou para R$ 21,15 e do vale-supermercado mensal para R$ 300. Também foi instituído um banco de horas de 12 meses para empresas que desejarem aderir.

Entretanto, as demais disposições da convenção coletiva firmada em 2017 – como autorização para a criação de regulamentos internos para a utilização de celular no horário de trabalho nos canteiros de obras; as obrigações de contratantes e subcontratadas entre si e perante o Seconci-SP (Serviço Social da Construção); o valor das horas extras, e a obrigatoriedade do fornecimento de protetor solar e uniforme – continuam em vigor por dois anos segundo os ajustes da reforma trabalhista.

Para Antônio Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP) as conquistas ainda não pararam. “Vamos continuar trabalhando para conseguir, agora, participação nos lucros e resultados, além de acertar os problemas de alimentação, saúde, segurança em cada canteiro de obra”.

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