Prejuízo da construção já ultrapassa R$ 2,9 bilhões

Uma estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) revela que os oito dias de greve dos caminhoneiros causaram perdas na ordem de R$ 2,9 bilhões ao setor. Para além das perdas imediatas, o mercado estima que a falta dos produtos nos canteiros de obras pode postergar o calendário de entregas do setor neste ano.

“Depois de tirar os trens do trilho, colocar ele de volta não é fácil”, resume o presidente da Cbic, José Carlos Martins. De acordo com o executivo, o setor também tem sentido o efeito da nova politica de preços da Petrobras, já que o segmento sente a forte oscilação na compra de materiais.

 

“Os aumentos também tiveram impacto considerável sobre todos os contratos de empreendimentos que utilizam esses produtos: obras rodoviárias, pavimentações urbanas, reposições de pavimentos em obras de saneamento, serviços complementares em loteamentos, obras do Minha Casa, Minha Vida, entre outros”, conta.

Canteiro de obrasDentro das construções em andamento, a falta de produtos atrapalhou o calendário de obras por todo País. “Com a entrega dos insumos completamente parada, soube de obras sem atividade nenhuma em vários locais do Brasil”, contou ao DCI, o engenheiro civil e conselheiro do Sindicato da Construção de Minas Gerais (Sinduscon MG), José Francisco Rodrigues Montes.

O engenheiro estima que os atrasos, principalmente na entrega de concreto e cimento, compromete todo o calendário de entrega da construtora. “Os lançamentos já estão menores que o ideal para o mercado ter uma retomada, e com esses atrasos muito possivelmente o fim das obras será jogado mais para frente”, comenta.

Segundo uma estimativa do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) até o último domingo apenas 5% da produção nacional chegou aos seus destinos. A estimativa é que a situação se normalize apenas em mês. “Como as fábricas funcionam em regime de operação contínua, cimenteiras de todo o País estão sofrendo impactos, tanto na distribuição do produto como nas entregas dos insumos necessários à sua fabricação”, disse o sindicato em nota.

Em média, a indústria de cimento distribui diariamente 200 mil toneladas de cimento no País, com o transporte rodoviário respondendo por 96% da distribuição.

Ligado fortemente à construção, a empresa de locação de equipamento LocaMais, que fica na região do Ipiranga, em São Paulo, precisou cancelar boa parte das entregas.

“Nossas máquinas são movidas a combustível, e não conseguimos reabastecer. Como a locação é feita por contrato, terei que ressarcir os locadores”, comenta o gerente geral da empresa, Gustavo Pina.

De acordo com ele, alguns contratantes entraram em acordo para evitar multas, uma vez que os canteiros já estavam parados. “Temos quase que 90% das máquinas paradas hoje. Muito possivelmente até o fim da semana só teremos como fazer locação de pequenos equipamentos, como furadeiras”, lamenta.

fonte:https://www.dci.com.br/servicos/greve-tirou-r-2-9-bi-da-construc-o-1.711156

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